6 em cada 10 jovens fora da escola voltariam a estudar se tivessem ensino noturno.
Dos 9,8 milhões de jovens brasileiros de 14 a 29 anos que estão fora da escola sem ter concluído a educação básica, 62% dizem que voltariam a estudar se tivessem a opção de ter aulas no período noturno.
A informação é da pesquisa “Juventudes fora da escola”, idealizada pelo Itaú Educação e Trabalho e pela Fundação Roberto Marinho e elaborada com o Instituto Datafolha. Os dados foram divulgados na tarde desta segunda-feira (11).
O estudo mostra que a maioria dos jovens que precisaram abandonar os estudos o fez em razão de dificuldades financeiras, que os levaram a deixar a escola para trabalhar. A maioria deles também afirma que gostaria de concluir a educação básica para conseguir um emprego melhor futuramente.
A pesquisa traçou o perfil mais comum dos jovens fora da escola. Ele são homens (58%), negros (70%), possuem renda familiar per capita de até 1 salário mínimo (78%) e estão trabalhando (84%). A maior parte deles (67%) trabalha no mercado informal.
A pesquisa tem como objetivo entender os principais motivos e consequências de não se concluir a educação básica no Brasil e também busca identificar as políticas mais efetivas para garantir que esses jovens possam voltar a estudar.
Foram feitas entrevistas com 1.643 jovens dessa faixa etária que não estavam estudando nem tinham terminado a educação básica. Eles foram abordados de forma presencial em 200 municípios das 27 unidades da federação. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.