SAÚDE – Casos de ômicron tiveram ‘forte impacto’ no sistema de saúde em janeiro, diz Fiocruz
Análise do MonitoraCovid-19, painel da fundação que acompanha o desenvolvimento da pandemia, aponta que aumento da transmissão gerou 'risco de desassistência à população'.
O aumento da transmissão da variante ômicron gerou um “forte impacto no sistema de saúde” no início de 2022, de acordo com análise do MonitoraCovid-19, painel da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que acompanha o desenvolvimento da pandemia.
“A variante Ômicron do vírus Sars-Cov-2 foi responsável por um forte impacto nos serviços de saúde neste início de ano, gerando um risco de desassistência à população no que se refere a atendimentos de urgência, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI)”, informou a fundação.
Segundo com o MonitoraCovid-19, quase todos os estados do país apresentaram “picos de internação semelhantes aos provocados pelas primeiras cepas do novo coronavírus, em 2020”. Além disso, os pesquisadores alertam para uma falta de acesso nos dados devido ao apagão da base do Ministério Saúde.
“Nós observamos os casos de pacientes hospitalizados. A maior parte dos leitos de UTI estavam ocupadas durante o mês de janeiro, e, em muitos casos, houve um excedente de óbitos ocorridas fora das UTIs, ou seja, em alas comuns de internação. Isso significa que uma parte da população não teve acesso a essa forma de terapia intensiva”, disse o pesquisador Diego Xavier, do Laboratório de Informação em Saúde do Icict/Fiocruz.
A análise concluiu que a desassistência à população ocorreu de forma mais elevada no Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.