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Posto Ferrari

ESPORTE – Atlético-MG faz jogo duro, mas evita derrota e tem empate com sabor de título.

Líder do Brasileiro enfrentou um Palmeiras bem modificado e com foco na Libertadores, mas encontrou obstáculos, soube evitar a derrota e foi favorecido diretamente com empate do Flamengo

O Atlético-MG já sente a taça de campeão brasileiro entre os dedos. O título segue se aproximando do clube depois de 50 anos. Não será domingo, mas o empate diante do Palmeiras, em 2 a 2, nessa terça-feira, pode ser digerido com sabor de vitória. O Flamengo tropeçou, era tudo que o Galo precisava.

Matematicamente, agora, é preciso duas vitórias para não depender de mais nada. São 75 pontos na ponta da tabela, recordes batidos, artilheiro da competição, e dois jogos ainda restantes em casa. O Galo irá enfrentar o Fluminense no domingo, Mineirão, e já pode ser campeão na terça, mesmo sem entrar em campo.

Em São Paulo, a torcida do Atlético foi um aliado a mais. Bom número nos setores de visitante do Allianz Parque. O técnico Cuca tinha um banco de reservas desfalcado, sem Savarino como opção de ataque, e precisou fazer descansar Keno, que entrou no segundo tempo.

O Atlético enfrentou o Palmeiras reserva, totalmente focado na decisão da Libertadores de domingo. Algumas peças individuais do Galo ficaram abaixo. Mariano, que também carece de melhor condição física, está alguns degraus acima de Guga e modificou a atuação do clube na ala direita, ao entrar no segundo tempo.

Diego Costa não suportou, e foi sacado após lutar bastante. Fica ainda a reflexão sobre como ele e Hulk ainda irão se conectar em campo. A sensação é que o artilheiro do Brasileiro – fez mais um belo gol, chegando a 15 – cresce de produção quando é o único centroavante da equipe.

O primeiro gol sofrido pelo Atlético foi uma desatenção na engrenagem defensiva. O Palmeiras ganhou território, viu a linha de quatro do Galo se desarrumar e Guga centralizou demais, sem tempo para combater Wesley, autor do gol. Por outro lado, o Atlético nunca pareceu ficar emocionalmente abalado, jogando com construção paciente de jogadas. Ainda que seu principal articulador, Nacho, esteja fora de ritmo de jogo e não é de longe aquele atleta ágil que ocupa vários setores (o papel caiu, agora, como luva para Zaracho).

Foi justamente o argentino que fez o gol de empate rapidamente, em sobra de Jailson após boa trama envolvendo Guilherme Arana e Jair (mais uma boa partida). Mas Junior Alonso cometeria pênalti bobo, salvo por Everson, que vacilou na cobrança de escanteio dando o gol aberto para Deyverson. Já sabendo que o Grêmio havia arrancado o empate em Porto Alegre, o Atlético comemorou como nunca o gol de Hulk, em boa participação do próprio camisa 7 para Vargas, e Nathan Silva esperto ao sair da bola no passe para atrás.

O Atlético poderia ter vencido, foi para cima, com um esquema bem ofensivo na segunda etapa, mas encontrou um Palmeiras combativo, querendo dar uma resposta ao torcedor antes da viagem para Montevidéu e depois da derrota para o São Paulo. Ficou de bom tamanho para os dois lados.

No domingo, diante da torcida, o Galo terá o Mineirão novamente lotado para praticamente sacramentar a taça. Por ironia, uma espera de meio século pode acabar sem com que esse time já histórico esteja em ação.

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