POLÍTICA – Bolsonaro no PL pode dobrar bancada baiana do partido na Câmara, diz José Carlos Araújo.
Bolsonaristas do estado que pretendem disputar as eleições de 2022 iniciaram conversas com o partido.
Convocado pela cúpula do PL para participar da reunião nesta quarta-feira (17) que deu carta branca para o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, para negociar a possível filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido, o presidente dos liberais na Bahia, José Carlos Araújo, acredita que o movimento pode fazer bem para a bancada baiana da sigla.
Ele aposta que, caso se concretize, a chegada de Bolsonaro pode fazer dobrar os deputados federais baianos da legenda eleitos pela Bahia, que hoje são quatro: Abílio Santana, João Carlos Bacelar, José Rocha e Raimundo Costa. Destes, apenas dois saíram das urnas pelo PL, enquanto dois, Abílio e Raimundo, migraram após o resultado das eleições.
Em conversa, José Carlos disse que bolsonaristas do estado que pretendem disputar as eleições de 2022 iniciaram conversas com o partido. Questionado sobre quem seriam, o ex-parlamentar fez mistério.
“Não posso revelar nomes, mas alguns já nos procuraram sim”, afirmou.
Sobre a suposta briga entre Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que teria motivado a suspensão do anúncio da filiação do chefe do Executivo nacional (saiba mais), Araújo minimizou o ocorrido.
“Isso é coisa da política. Da conversa dele [Bolsonaro] com Valdemar, até chegar a mim, e até chegar à imprensa, alguns decibéis foram acrescentados. Então temos que dar um desconto”, desconversou.
FILIAÇÕES NA BAHIA
Tudo indica que os principais representantes do bolsonarismo na Bahia devem mudar de partido. O vereador de Salvador Alexandre Aleluia (DEM) e os deputados estaduais do PSL Talita Oliveira e Capitão Alden, se viram na mesma legenda após a fusão dos partidos que são filiados ter originado o União Brasil.
Cotado para disputar o governo da Bahia no próximo pleito, o ministro da Cidadania João Roma (Republicanos) é outro que pode mudar de legenda. Caso a candidatura de Roma ao Palácio de Ondina se confirme, o PL surge como opção para o ministro, já que o Republicanos deve apoiar ACM Neto (DEM) ao governo. Apesar da possibilidade, José Carlos já havia dito em entrevista para o BN no mês passado que não acredita na terceira via.
Além dos nomes já citados, a ex-secretária de Saúde de Porto Seguro, Raíssa Soares, ainda sem partido, pode desembarcar no PL. Bem vista por apoiadores do presidente, a médica é cotada para ocupar uma vaga na chapa majoritária apoiada por Bolsonaro.