BRASIL – Para evitar roubos e sequestros, Banco Central planeja mudanças nas regras do Pix
A decisão tem por objetivo evitar ocorrências como as recentemente divulgadas por polícias, nas quais a facilitação da transferência de valores está associada a ações de criminalidade.
Manda um Pix. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou nesta sexta-feira (27) que a autoridade monetária lançará em breve uma série de mudanças no sistema de pagamento instantâneo, denominado Pix. A decisão tem por objetivo evitar ocorrências como as recentemente divulgadas por polícias, nas quais a facilitação da transferência de valores está associada a ações de criminalidade.
“A gente vê mais recentemente na mídia uma associação do Pix com a criminalidade, lembrando que se alguém sofrer um sequestro relâmpago pode fazer um Pix, uma Ted, um Doc…Uma outra coisa que a gente viu recentemente foi um aumento nesse número de atividades associadas a esse crime relâmpago. A gente está olhando isso com cuidado”, afirmou Campos Netos.
Na lista de possíveis mudanças há funções para limitar horários e valores de transferências. Campos Neto ainda afirmou que o Pix permite o rastreio do dinheiro. Em sequestros, criminosos costumam usar contas de laranjas para receber o dinheiro, além de pulverizá-lo para outras.
“Quando alguém faz um sequestro relâmpago com outra pessoa, para obter um recurso, ela tem que transferir para uma conta. E essa conta, ou ela vai ser uma conta laranja. E a gente tem conjunto de medidas para que as contas laranjas não aconteçam. Ou ela é uma conta da própria pessoa, e a pessoa que fez o crime tem lá registrado quem ela é, onde ela mora.”