VITÓRIA DA CONQUISTA – Prefeitura autoriza retomada das aulas presenciais a partir de 12 de julho,
Decisão foi publicada em decreto na última segunda-feira (5). Na rede municipal, atividades devem retornar no mês de agosto.
A prefeitura de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, autorizou a retomada das aulas presenciais para a próxima segunda-feira (12). A decisão foi publicada em decreto na última segunda-feira (5). Na rede municipal, o retorno está programado para o mês de agosto.
Na segunda, apenas as escola particulares vão retornar. Vitória da Conquista possui 161 escolas municipais e 89 particulares. São mais de 60 mil alunos que estão sem aulas presenciais desde março de 2020. Apesar do longo tempo afastados das salas de aula, representantes da educação divergem quanto à medida.
Para o representante da Associação de Valorização da Educação do Sudoeste da Bahia (AVESB), Lincoln Claret, o momento é oportuno e seguro.
“Todas as medidas e protocolos de higiene estão sendo observados pelas escolas particulares associadas à AVESB desde o início da pandemia. As escolas particulares associadas vêm formando seus protocolos e verificando protocolos que são observados mundialmente, além de lutar desde então, através de diálogos, com o poder público para que retorno facultativo fosse possibilitado”, explica.
Segundo ele, 56 escolas particulares fazem parte da associação e todas estão preparadas para o retorno.
A representante do Movimento Pais Pelas Aulas Presenciais Já, Uelma do Prado Duarte, também é a favor da retomada. “Todo o protocolo foi trazido para discussão, foram ouvidos os sindicatos de professores, as escolas particulares, então não tem motivo [para não retornar]”, afirma.
Já as entidades sindicais de professores e profissionais da educação de Vitória da Conquista se manifestaram contra à retomada e chegaram a emitir uma nota de repúdio sobre o decreto municipal.
Para a diretora do Sindicato dos Professores Particulares da Bahia (Sinpro-BA), Silvina Dias, o momento não é seguro para a retomada das aulas presenciais.
“Temos apenas uma parcela pequena dos professores que tomaram apenas a primeira dose. Esses professores precisam estar imunizados”, comenta.
O diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Cesar Nolasco, também criticou a decisão.
“A gente vê uma imprudência que parte da gestão municipal, já que temos cerca de, no mínimo, 30 mil pessoas circulando na cidade sem a imunização completa. Então a APLB que o retorno às aulas só se dê com a imunização completa de trabalhadores da educação e alunos”, fala.
Conforme o decreto, as escolas deverão retomar as aulas com 50% da capacidade de cada sala, distanciamento de 1,5 m entre os alunos, distanciamento das carteiras, higienização do ambiente escolar pelo menos quatro vezes ao dia, além de higienização do material escolar, uso de álcool em gel e medição da temperatura corporal de trabalhadores e alunos.