BAHIA: Produção industrial baiana recua -0,6% em dezembro, mas fecha 2022 com alta de 2,4%, diz IBGE
No Brasil, a produção da indústria teve queda acumulada de 0,7% em 2022, com recuos em 8 dos 15 locais investigados.
De novembro para dezembro de 2022, a produção industrial da Bahia recuou 0,6%, após ter apresentado alta de 3,6% entre outubro e novembro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado do estado ficou abaixo do verificado no Brasil como um todo, onde houve estabilidade (0,0%), e foi uma das cinco quedas registradas, nessa comparação, entre os 15 locais investigados.
Com a retração de dezembro, o setor fabril da Bahia encerrou o ano de 2022 num patamar de produção significativamente abaixo do verificado antes da pandemia da Covid-19, mostrando redução de 27,1% frente a fevereiro de 2020.
Na comparação com dezembro de 2021 a produção industrial baiana também apresentou queda relevante (-8,1%), a quarta consecutiva, no confronto com o mesmo mês do ano anterior. O estado teve um recuo bem mais intenso que o nacional (-1,3% no país como um todo) e o quinto maior entre os 15 locais pesquisados, dos quais 11 viram sua produção industrial cair.
Apesar dos resultados negativos no final do ano passado, a indústria da Bahia fechou 2022 com crescimento da sua produção (2,4%), algo que não ocorria desde 2018, quando a alta havia sido de 0,8%. Foi ainda o melhor resultado anual para a produção industrial no estado em nove anos, desde 2013, quando o avanço tinha chegado a 6,7%. O avanço veio, porém, após a queda recorde registrada no ano de 2021 (-13,2%).
No Brasil, a produção da indústria teve queda acumulada de 0,7% em 2022, com recuos em 8 dos 15 locais investigados. O desempenho da Bahia foi o 4o melhor, abaixo apenas dos registrados em Mato Grosso (19,4%), no Rio de Janeiro (4,6%) e no Amazonas (3,8%).
Em 2022, a alta de 2,4% na produção industrial na Bahia foi restrita à indústria de transformação (3,4%), uma vez que a extrativa teve queda (-13,4%). Mesmo na transformação, o avanço se concentrou em apenas quatro dos 11 segmentos pesquisados separadamente no estado.
A contribuição mais relevante para o resultado geral positivo da indústria baiana no ano passado veio da fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, atividade que teve o segundo maior crescimento de produção (21,6%) e é a de maior peso na estrutura do setor industrial no estado. O desempenho do segmento, em 2022, foi o melhor em 12 anos, desde 2010, quando havia avançado 22,6%.
Mas a maior taxa de crescimento acumulado em 2022 ficou com a fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (61,9%), segundo resultado positivo consecutivo (havia crescido 19,5% em 2021) e um recorde nos nove anos de série histórica para essa atividade (iniciada em 2013).
Por outro lado, dentre os sete segmentos da indústria de transformação em queda, a metalurgia (-37,3%) teve o maior recuo e um recorde negativo nos 19 anos de série histórica da atividade (iniciada em 2003), exercendo, assim, a principal influência negativa no resultado geral da indústria baiana, em 2022. Foi o terceiro ano seguido de queda na produção metalúrgica.