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BRASIL: Alemanha promete doar R$ 1,1 bilhão para ações ambientais nos cem primeiros dias do governo Lula

A cifra foi anunciada em entrevista coletiva conjunta entre a ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Marina Silva (Rede), e a ministra da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha.

O governo alemão anunciou, nesta segunda-feira (30), um pacote de medidas que poderão ser implementadas nos primeiros 100 dias do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com investimentos que somam cerca de 200 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão), para ações na área ambiental e também para os povos indígenas, incluindo os Yanomami.

A cifra foi anunciada em entrevista coletiva conjunta entre a ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Marina Silva (Rede), e a ministra da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

“Agradeço muito esta parceria histórica”, comemorou Marina. De acordo com ela, os recursos também poderão ser destinados ao Ministério dos Povos Indígenas e para outros projetos que estão sendo prospectados. “Sobretudo vão para ações diretas ao combate ao desmatamento, queimadas e, principalmente, projetos para termos alternativas, como a agricultura sustentável. O Brasil não pode ser penalizado pelos que fazem errado”, afirmou.

Marina admitiu que o Brasil está em um momento difícil, com aumento do desmatamento e de queimadas. “É um quadro terrível o que está assolando os indígenas. Temos a possibilidade de reverter a situação, diminuindo a desigualdade, mas com democracia”, disse ela. Segundo a ministra, a verba pode ajudar nas questões de saúde e também segurança, como na retirada dos garimpeiros da área.

“Confiamos na ministra Marina e no presidente Lula para que o Brasil tenha condições de diminuir o desmatamento e apresentar projetos sustentáveis”, disse a ministra alemã.

Alemanha e Noruega são os principais doadores do Fundo Amazônia, programa de proteção florestal que foi paralisado durante a gestão Jair Bolsonaro (PL) e agora é retomado no governo Lula. Mais de R$ 3 bilhões ficaram parados, desde 2019, por conflitos entre os países europeus e a gestão anterior.

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