ITABUNA: Prefeitura fala de limpeza de drenagem pluvial e de canais de macrodrenagem
O tema foi debatido em audiência pública nesta terça-feira (22) na Câmara de Vereadores.
“Fizemos a limpeza de canais de drenagem todo o ano passado e em parte deste ano, com ampliação das áreas nos últimos 90 dias. Infelizmente, a enchente de dezembro de 2021 e as chuvas intensas de agora prejudicaram o serviço executado”. Esta foi a avaliação feita pelo superintendente de Serviços Públicos da Secretaria de Infraestrutura, Francisco de Sousa Lino.
Ao participar de audiência pública na segunda-feira, dia 21, na Câmara de Vereadores sobre o tema: “O Sistema de Microdrenagem Urbana de Itabuna”, Sousa destacou a importância de colaboração das pessoas e das comunidades na manutenção dos canais. “Os detritos carreados pelas chuvas e o lixo e entulho descartados inadequadamente nas calhas, contribuem para alagamentos como vimos na última semana”, complementou.
Com a secretária de Planejamento, Sônia Fontes, o coordenador da Defesa Civil e Proteção a Pessoa, Kaique Brito, Sousa Lino representou a Prefeitura de Itabuna na audiência pública que contou com a participação dos professores da UESB, José Wildes Barbosa, e da UESC, Omar Santos Costa, e da reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia, doutora Joana Angélica Guimarães, do representante da Emasa José Silva e convidados.
O superintende lembrou que quanto a microdrenagem, que envolve bocas de lobo, bueiros (PV) e galerias subterrâneas para o escoamento de águas pluviais, a Prefeitura pela primeira vez no serviço utilizou-se de um caminhão suga-suga que fez a limpeza de redes do centro e bairros da cidade.
“Nós conseguimos fazer a microdrenagem em Itabuna funcionar. Não fosse o serviço executado os danos consequentes dos alagamentos seriam muito mais graves. Mesmo assim, as enxurradas escoaram em até 15 minutos depois dos temporais”, afirmou.
Sousa Lino lembrou que na década de 1950 com o prefeito Francisco Ferreira da Silva iniciou a implantação das redes de drenagem. Somente depois, no mandato do Ubaldo Porto Dantas (1983-1988), a Prefeitura voltou a fazer investimentos em microdrenagem e ampliação e revestimento dos canais de macrodrenagem da cidade.
“Para se ter ideia, na Rua Almirante Barroso com a Avenida do Cinquentenário, os alagamentos decorrem de manilhamentos antigos, de menos de 40 centímetros, que vamos substituir depois de estudos técnicos demonstrarem serem insuficientes para dar vazão as àguas pluviais. Assim também é em boa parte do centro e de bairros da cidade”, completou o superintendente.
Segundo Sousa, a Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo está elaborando um estudo para trocar todas as manilhas da rede de 40cm da cidade. “Estamos trabalhando para que esse problema seja resolvido. O prefeito Augusto Castro e o secretário Almir Melo Jr estiveram na CONDER buscando recursos para a realização dessas obras”, concluiu Sousa Lino.
Na audiência pública, o coordenador Kaique Brito destacou que a Defesa Civil tem planos de contingência e de ação para mapear também esses problemas. “Sempre que houver algum alerta estaremos prontamente avisando a população como temos feito. Na semana passada, por exemplo, líderes de associações de bairros foram previamente avisados da situação do Rio Cachoeira por meio de mensagens e cards”, informou.
Representando o prefeito Augusto Castro, a secretária municipal de Planejamento, Sônia Fontes, apresentou relato das ações de governo e informou que o problema da rede de drenagem da cidade está no sistema, mas que um projeto está sendo elaborado para que essa situação seja resolvida. Ela conclamou os vereadores e cidadãos a se unir nos esforços do poder público para mitigar a falta de investimentos dos últimos 40 anos na cidade, cujo crescimento urbanístico e populacional foi desenfreado, sem planejamento algum.