MUNDO – Biden chama Putin de ‘criminoso de guerra’ após anunciar US$ 800 milhões à Ucrânia
Acompanhe os últimos acontecimentos do conflito, que entrou no 21º dia.
- O presidente americano Joe Biden chamou Vladimir Putin, da Rússia, de “criminoso de guerra” pela invasão à Ucrânia;
- Ele fez o comentário após anunciar uma ajuda militar de mais US$ 800 milhões para os ucranianos;
- A Casa Branca disse não ver ações da Rússia pela redução dos conflitos na Ucrânia; Rússia e Ucrânia negociam possível cessar-fogo;
- Numa reunião, o presidente Zelensky disse que a Ucrânia deve admitir que não pode entrar na Otan;
- Em uma fala ao Congresso dos EUA, Zelensky citou o 11 de Setembro e pediu por mais apoio militar.
Conversas continuam, diz governo da Rússia
O governo da Rússia afirmou nesta quinta-feira (17) que o país está se empenhando com grande energia nas negociações para um acordo de paz com a Ucrânia que pode interromper a invasão militar.
O porta-voz do governo, Dmitry Peskov, disse que a declaração de Joe Biden, o presidente dos EUA, chamando Vladimir Putin, da Rússia, de criminoso de guerra é inaceitável, e que os EUA não têm direito de dar lições aos russos depois de se envolverem em tantos conflitos.
Ele ainda afirmou que na Rússia muitas pessoas têm se revelado traidoras —ele citou quem pediu demissão e deixou o país.
Na quarta-feira, Putin afirmou que há traidores russos que o Ocidente usa como “quinta coluna” para destruir o país.
Durante a madrugada, russos e ucranianos se enfrentaram para controlar o espaço aéreo de Kiev
Houve conflitos aéreos entre russos e ucranianos na região de Kiev na madrugada desta quinta-feira (17), de acordo com o “New York Times”.
Os militares ucranianos afirmam que derrubaram aviões e mísseis russos (eles não especificaram quantos aviões e quantos mísseis, mas disseram que foram 10 no total).
Um pedaço de um foguete atingiu um prédio de 16 andares e pelo menos uma pessoa morreu.
Apesar de mísseis terem sido destruídos, os fragmentos atravessaram dois apartamentos.
Ucrânia pede acesso a imagens por satélite ao Japão
A Ucrânia pediu ao Japão acesso a imagens de alta qualidade feitas por satélite para se proteger das tropas russas que invadiram o território ucraniano.
A notícia foi publicada pelo jornal japonês “Nikkei” nesta quinta-feira (17).
O governo do Japão e empresas do país usam satélites que têm a capacidade de capturar imagens detalhadas, dia e noite, mesmo que haja nuvens ou outros tipos de obstruções na atmosfera.
O governo japonês ainda não decidiu se vai fornecer as imagens à Ucrânia —segundo o jornal, estão sendo levadas em conta questões políticas e legais.
Rússia empacou em todas as frentes, diz Reino Unido
O Ministério da Defesa do Reino Unido tem publicado relatórios curtos diários sobre o estado da guerra na Ucrânia. Nesta quinta-feira (17), as afirmações são as seguintes:
- A invasão da Ucrânia pela Rússia empacou em todas as frentes;
- As forças russas fizeram progressos mínimos em terra, no mar e no ar nos dias recentes e continuam a sofrer perdas significativas;
- A resistência ucraniana continua firme e coordenada; a grande maioria do território ucraniano, incluindo as principais cidades, está em mãos ucranianas.
Ucrânia afirma que russos atacaram um teatro em Mariupol
A Câmara Municipal e a prefeitura de Mariupol afirmaram que as forças russas bombardearam um teatro. O parlamentar Dmytro Gurin falou com a BBC que havia 1.000 crianças e mulheres em um abrigo antiaéreo no local.
O Ministério de Defesa da Rússia negou que tenha atacado o teatro, segundo a agência RIA.
Gurin, o parlamentar que conversou com a BBC, disse que ainda não há informações precisas, mas, segundo ele, aparentemente a maioria das pessoas sobreviveram.
“Não sabemos ainda se há feridos ou mortos”, disse ele.
Crise da Ucrânia pode cortar mais de 1 ponto percentual do crescimento global em 2022
A crise na Ucrânia pode cortar mais de um ponto percentual do crescimento global este ano e acrescentar 2,5 pontos à inflação, estimou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quinta-feira (17). A organização pediu aumentos dos gastos de governos em resposta.
Segundo os cálculos da organização, aumentos de gastos governamentais dos países da OCDE na ordem de 0,5% do PIB que sejam bem direcionados podem reduzir o impacto econômico da guerra em cerca de metade sem aumentar de forma significativa a inflação.
Com a Europa fortemente dependente das importações de energia russa, o impacto negativo da guerra à economia da zona do euro pode chegar a 1,4%, enquanto nos Estados Unidos seria de cerca de 0,9%, estimou a OCDE em uma análise das consequências econômicas da guerra.